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Esquadrias

Como elementos fundamentais para a qualidade ambiental do edifício e com grande impacto sobre o consumo energético, as características das esquadrias devem ser definidas com cuidado.

As dimensões mínimas das aberturas para ventilação e iluminação, bem como outros parâmetros, são definidas nas legislações locais, como Códigos de Obras, pela Norma ABNT NBR 10.821 “Esquadrias para Edificações”, e pela Norma de Desempenho (ABNT NBR 15.575) para edifícios residenciais

ALÉM DAS EXIGÊNCIAS DAS NORMAS, COMO DEVEM SER SELECIONADAS AS ESQUADRIAS?

Para otimizar o dimensionamento da esquadria e equilibrar o ganho de calor pelo vidro com a capacidade de ventilação natural e a entrada de luz natural, recomenda-se realizar simulações termo-energéticas, embora não seja sempre necessário. As variáveis que podem ser ajustadas e otimizadas pelo processo de simulação ou estudo especial são:

Tipo de vidro (vidro comum ou vidro com uma proteção solar):

  • Fator Solar
  • Transmitância térmica
  • Desempenho térmico (conforme
    etiqueta de conforto térmico da
    esquadria ABNT NBR 10.821-4)
  • Transmissão luminosa

Tamanho:

  • Área de vidro para iluminação natural
  • Área de abertura para ventilação

Presença e tipo de dispositivo de sombreamento:

  • Brise (fixo ou móvel)
  • Venezianas
  • Persianas

Níveis mínimos de qualidade de esquadrias são definidos pela Norma ABNT NBR 10.821. Os aspectos inclusos nesta norma são a penetração de ar, a estanqueidade à água, a distribuição das cargas de vento, a resistência às operações de manuseio, desempenho acústico e desempenho térmico.

A Parte 4 da ABNT NBR 10.821 descreve as recomendações para a inclusão de sombreamento e também a avaliação de desempenho térmico de uma esquadria conforme o clima onde estaria aplicada. Embora não seja obrigatória, existe uma etiqueta de desempenho térmico para esquadrias, que depende de fatores como a transmitância térmica, transmissão luminosa (ou visível) e fator solar do vidro. A etiqueta classifica a esquadria em níveis de eficiência entre A e E.

RECOMENDAÇÕES:

Há limites mínimos de área de janela e de abertura em ambientes de ocupação prolongada (salas e dormitórios) estipulados pela Norma de Desempenho (ABNT NBR 15.575), pela Norma de Esquadrias para Edificações (ABNT NBR 10.821-4) e nos Códigos de Obras.

Vidros de alto desempenho podem ser, muitas vezes, inviáveis para o uso residencial, dados seus custos mais elevados em relação aos vidros simples. Por outro lado, outras estratégias podem ser aplicadas para barrar a entrada de radiação solar nos espaços internos, sendo o principal delas, o sombreamento externo das janelas e outras aberturas.

Hotéis do tipo apart-hotel, cujo uso é permanente, devem se adequar aos critérios de residenciais (e portanto, à Norma de Desempenho).

Hotéis de uso não-permanente não estão sujeitos a requisitos específicos, mas devem priorizar o uso esquadrias que permitam uma boa ventilação, de fácil operação para o usuário e com uma boa iluminação natural.

Edificações como centros de distribuições ou atacados geralmente têm uma carga interna relativamente baixa, por ter uma ocupação menor e menos necessidade de grandes áreas de vidro. Portanto, devem ser priorizadas estratégias passivas de condicionamento, por exemplo com aberturas para ventilação, e o mínimo necessário de área de vidro para iluminação.