Conheça os principais conceitos e serviços que embasam e contribuem para atingir um alto nível de eficiência energética em seu projeto.
Como as principais formas de geração de energia com reduzido impacto ambiental podem ser incorporadas em seu projeto?
O que são edifícios zero net energia o e como projetá-los?
Quais fatores influenciam o desempenho operacional de edifícios e como considerá-los em seu projeto?
Quais os principais programas existentes e como funcionam os processos de certificação e etiquetagem?
Fontes de energias renováveis são aquelas que têm a capacidade de se autorregenerar ou reabastecer, não dependendo de uma quantidade finita de recursos naturais. São exemplos de fontes renováveis de energia: solar, eólica, biomassa, biogás, geotérmica, dentre outras. Existem duas escalas principais de unidades geradoras:
Grande porte (geração centralizada em usinas)
São conectadas a linhas de transmissão e distribuição para que a energia chegue até o consumidor final;
Pequeno porte (geração descentralizada/distribuída)
Podem ser instaladas em edificações, ficando assim mais próximas do consumidor final.
Pequeno porte (geração descentralizada/distribuída)
Podem ser instaladas em edificações, ficando assim mais próximas do consumidor final.
Existem três conceitos fundamentais no que concerne a utilização local de fontes renováveis de energia:
Pode-se aproveitar dos recursos energéticos disponíveis para a geração de eletricidade;
conhecida como Geração Distribuída (GD);
Pode-se aproveitar os recursos energéticos por meio de
coletores solares térmicos e trocadores de calor para aquecimento de água, e calor de processo para geração de frio nos sistemas de condicionamento ambiental (no caso da cogeração), por exemplo;
Pode-se aproveitar os resíduos orgânicos para geração de biogás e biometano, interessante em empreendimentos com alta geração deste tipo de resíduo, como hotéis e shopping centers.
A geração a partir de fontes renováveis é fundamental para atingir Zero Net Energia em seu projeto, ou seja, uma situação em que o balanço energético anual da edificação seja igual a zero, dado pela geração local de energia igual ou superior ao seu consumo.
A Geração Distribuída (GD) é caracterizada pela geração de energia de forma descentralizada, realizada junta ou próxima aos consumidores de energia, independendo da tecnologia ou da fonte de energia considerada. No Brasil existem duas fontes energéticas regulamentadas para a geração distribuída, com destaque para a energia elétrica:
Energia elétrica
Regulamentada pela Lei Nº 14.300/2022, considerada o marco legal da Micro e Minigeração Distribuída e que institui o Sistema de Compensação de Energia Elétrica (SCEE), e pela resolução normativa da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), REN Nº 1.059/2023, que aprimora as regras para a conexão e o faturamento de centrais de microgeração e minigeração distribuída em sistemas de distribuição de energia elétrica;
Biometano
Regulamentada pela Lei Nº 14.300/2022, considerada o marco legal da Micro e Minigeração Distribuída, e pelas resoluções da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), ANP Nº886/2022 e ANP Nº906/2022, que estabelece as diretrizes de controle de qualidade e especificações do gás
Em edificações residenciais e comerciais, a geração mais comum é a de energia elétrica a partir de fonte fotovoltaica ou eólica. O biometano é um subproduto melhorado do biogás, que é produzido a partir da decomposição de resíduos orgânicos, sendo mais adequado para empreendimentos com alta geração deste tipo de resíduos, como hotéis e shopping centers, por exemplo. Em edifícios, a geração mais comum é a de energia elétrica a partir de fonte fotovoltaica ou eólica. O biometano é um subproduto melhorado do biogás, que é produzido a partir da decomposição de resíduos orgânicos, sendo mais adequado para empreendimentos com alta geração deste tipo de resíduos, como hotéis e shopping centers, por exemplo.
De acordo com a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), a geração distribuída (GD) de energia elétrica é caracterizada pela instalação de geradores de pequeno porte a partir de fontes renováveis ou cogeração qualificada 1, localizados próximos aos centros de consumo, ou seja, locais onde existe um maior consumo de energia elétrica, como nas cidades e indústrias.
br>O porte das unidades geradoras é definido de acordo com a tabela abaixo:
As fontes de energia para geração distribuída podem ser renováveis ou não, sendo os exemplos mais comuns:
Tipo
Potência
MICROGERAÇÃO DISTRIBUÍDA
Menor ou igual a 75kW
MINIGERAÇÃO DISTRIBUÍDA
Fontes despacháveis²: superior a 75kW e menor ou igual a 5MW
Fontes não despacháveis³: superior a 75kW e menor ou igual a 3MW
¹ A cogeração qualificada é um conceito definido pela ANEEL, que estabelece uma eficiência energética total mínima para a geração de energia elétrica e térmica a partir do gás natural.
² Fontes despacháveis: hidrelétricas (incluindo aquelas a fio d’água que possuam viabilidade de controle variável de sua geração de energia); cogeração qualificada; biomassa; biogás; e fontes de geração fotovoltaica com baterias cujos montantes de energia despachada aos consumidores finais apresentam capacidade de modulação de geração através do armazenamento de energia em baterias, em quantidade de, pelo menos, 20% da capacidade de geração mensal da central geradora que podem ser despachados através de um controlador local ou remoto.
³ Fontes não despacháveis: solar fotovoltaica sem armazenamento, e demais fontes não listadas anteriormente.
Renováveis
Não Renováveis
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br>
Pode-se acompanhar a geração distribuída por unidades consumidoras no site da ANEEL: https://dadosabertos.aneel.gov.br/dataset/relacao-de-empreendimentos-de-geracao-distribuida.
Mecanismo criado pela ANEEL que incentiva o consumidor brasileiro a gerar sua própria energia elétrica a partir de
fontes renováveis ou cogeração qualificada, fornecendo o excedente para a rede de distribuição e posteriormente
compensada com o consumo de energia elétrica ativa ou contabilizada como crédito de energia de unidades consumidoras
participantes do sistema. Estes sistemas são conhecidos como on-grid, pois são conectados à rede de distribuição
de energia elétrica da concessionária local. Quando o sistema de micro ou minigeração gera mais energia do que é
necessário para abastecer a unidade consumidora (UC), o excedente é injetado na rede de distribuição da concessionária.
Quando este valor injetado for maior do que o consumido a partir da rede, o consumidor ganhará créditos de energia que
serão abatidos do valor final da fatura de eletricidade nos meses subsequentes ou que poderão ser usados em outro posto
tarifário, no caso de consumo com tarifa horária, desde que atendidos pela mesma distribuidora de energia, cujo titular
seja o mesmo, tanto para pessoas físicas como para empresas.
Sistema de compensação de energia elétrica
Fonte: ANEEL – Cadernos temáticos Micro e Minigeração distribuída(2016)
*Os créditos de energia gerados continuam válidos por 60 meses.
Documentação de Auxílio para consulta
Autoconsumo local
Unidades consumidoras que possuem seu sistema de geração de energia elétrica no mesmo local do seu consumo. Ou seja, o sistema de geração deste consumidor compartilha do mesmo ponto de conexão de energia da Unidade Consumidora (UC) com a distribuidora. Além disso, nesta modalidade, a única unidade consumidora que receberá os créditos de energia pelo Sistema de Compensação de Energia Elétrica será a unidade no local onde o projeto está instalado, não tendo beneficiárias.
Autoconsumo Remoto
Unidades consumidoras de titularidade de uma mesma pessoa física ou jurídica que possua unidade consumidora com micro e minigeração distribuída em local diferente das unidades consumidoras, nas quais a energia excedente poderá gerar créditos pelo Sistema de Compensação de Energia Elétrica, desde que dentro da mesma área de concessão.
Geração compartilhada
As cooperativas de geração distribuída se caracterizam pela reunião de no mínimo 20 pessoas físicas, com a possível presença de pessoas jurídicas, com o propósito comum de produzir a própria energia, com possível participação no Sistema de Compensação. É recomendável que seus integrantes passem por uma capacitação, a fim de entender a estrutura e funcionamento do cooperativismo, incluindo seus deveres e direitos enquanto parte dessa associação. Caracterizada pela reunião de consumidores sob a forma de consórcios ou cooperativas (“sociedades”), dentro de uma mesma área de concessão. Os consórcios se definem pelo contrato firmado entre empresas, que pode ser fechado ou aberto, ou seja, com admissão de entrada de novas sociedades, desde que sejam atendidos os requisitos contratuais. O contrato firmado entre as sociedades que compõem um consórcio visa o beneficiamento conjunto e pode ter objetivo de reunir recursos para a contratação de terceiros para execução de serviços, obras ou concessões, bem como a própria reunião de meios para se atingir um fim comum, sendo o consórcio, um modelo regulamentado pela Lei nº 6.404/1976. Eles podem aderir ao Sistema de Compensação, desde que tenham sido criados em conformidade com a Lei nº 11.795/2008, conforme regulação da ANEEL. Por não constituírem uma sociedade propriamente dita, ou seja, pela ausência de uma personalidade jurídica referente ao conjunto de empresas, a administradora será a titular da unidade consumidora onde o sistema de geração estiver instalado e cada membro responde individualmente pelas suas responsabilidades contratuais.
As cooperativas de geração distribuída se caracterizam pela reunião de no mínimo 20 pessoas físicas, podendo haver a presença de pessoas jurídicas, com o propósito comum de produzir a própria energia, com possível participação no Sistema de Compensação. É recomendável que seus integrantes passem por uma capacitação, a fim de entender a estrutura e funcionamento do cooperativismo, incluindo seus deveres e direitos enquanto parte dessa associação.
Além disso, de acordo com a nova Lei 14.300/2022, as unidades de minigeração distribuída acima de 500 kW (quinhentos quilowatts) em fonte não despachável, em que um único titular detenha 25% ou mais da participação do excedente de energia elétrica, o faturamento de energia das unidades participantes do SCEE deve considerar, até 2028, a incidência:
a) de 100% das componentes tarifárias relativas à remuneração dos ativos do serviço de distribuição, à quota de reintegração regulatória (depreciação) dos ativos de distribuição e ao custo de operação e manutenção do serviço de distribuição;
b) de 40% das componentes tarifárias relativas ao uso dos sistemas de transmissão da Rede Básica, ao uso dos transformadores de potência da Rede Básica com tensão inferior a 230 kV e das Demais Instalações de Transmissão (DIT) compartilhadas, ao uso dos sistemas de distribuição de outras distribuidoras e à conexão às instalações de transmissão ou de distribuição;
c) de 100% dos encargos Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) e Eficiência Energética (EE) e Taxa de Fiscalização de Serviços de Energia Elétrica (TFSEE).
Empreendimento com múltiplas unidades consumidoras (condomínios)
Geração de energia por meio da instalação de equipamentos em áreas comuns (coberturas de edifícios compartilhados) em condomínios verticais ou horizontais, sejam eles de uso residencial ou comercial. Os consumidores precisam estar em uma área de mesma concessão, e a energia compartilhada, bem como os possíveis créditos gerados pelo Sistema de Compensação de Energia Elétrica, são compartilhados conforme os acordos feitos entre os participantes, a partir, por exemplo, do investimento de cada um. No entanto, a titula ridade das unidades consumidoras participantes da Lista de UCs pode ser de distintos CPFs e/ou CNPJs, participantes do condomínio
Regulamentação geração distribuída
Fonte: SOLARBRAS
(Acesso em 26/06/2018)
Modelo com Recursos Próprios
O investimento em equipamentos e instalação parte dos próprios consumidores e, consequentemente, o retorno de capital se dá pela compensação de gastos energéticos a partir da produção de energia. Os contratos de operação e manutenção também ficam a cargo dos consumidores (administradoras de edifícios de escritório, condôminos em um conjunto residencial etc.).
Modelo com Financiamento Externo
Quando não há disponibilidade de financiamento pelos próprios consumidores, há a possibilidade de busca de capital externo. Uma instituição financeira pode fornecer os recursos para a instalação, e os consumidores são responsáveis pela contratação de serviços, de implementação, além de arcarem com os custos operacionais e de manutenção. Os recursos podem retornar à instituição financeira, após início da operação do sistema.
Modelo com locação
Os consumidores são responsáveis pelo aluguel de equipamentos, e são responsáveis por arcar com a operação, principalmente através do fluxo de capital criado pela geração de energia. Por outro lado, os locadores dos equipamentos são responsáveis pela manutenção e assistência técnica da instalação.
É importante lembrar que contratos de locação não podem ter seus valores atrelados ao valor da energia produzida, como por exemplo, em R$/kWh.
Modelo BOT (Build, Operate and Transfer)
O fornecedor é responsável pela construção, operação e financiamento da instalação prevista pelo contratante (consumidor). O contrato, por sua vez, determina um valor de tarifa a ser cobrado dos consumidores durante um período pré-determinado, de forma a possibilitar a obtenção de lucro e retorno financeiro satisfatório à empresa contratada, a qual, após encerramento deste período, transfere as instalações para os contratantes. Em contrapartida, estes últimos, tem a vantagem de financiar a construção, operação e manutenção do sistema, sob custos mais facilmente negociáveis, assim como podem obter valores tarifários menores do que os praticados pela concessionária.
Modelo PPA (Power Purchase Agreement)
É feito um contrato a longo prazo com um fornecedor responsável pela construção, operação e financiamento da instalação negociada, arcando com os custos de investimentos. Em contrapartida, é feito um acordo com o consumidor, para que este consuma a energia gerada sob um valor pré-determinado, o qual deve ser mais baixo do que a tarifa praticada pela distribuidora de energia elétrica. A empresa que presta o serviço, por outro lado, obtém retorno do capital investido, por meio da cobrança tarifária.
Para sistemas off-grid, sua independência da rede elétrica principal significa que não estão sujeitos a interrupções na rede. No entanto, é importante ter em mente que a disponibilidade de energia nesses sistemas depende da capacidade de armazenamento das baterias ou de outras fontes de energia auxiliares, como geradores, quando a geração renovável não está ativa.
Se o sistema for on-grid, não haverá energia disponível quando faltar energia elétrica da rede da concessionária. Seu inversor possui um sistema chamado de anti-ilhamento, que é responsável por cessar o fornecimento de energia para a rede em caso de falha, evitando assim acidentes no processo de manutenção e reparo da rede de distribuição, e protegendo seu sistema de geração de surtos externos.
Entretanto, se o sistema on-grid contemplar um backup de baterias, ou seja, um no-break, seu empreendimento terá energia enquanto o banco de baterias estiver carregado. Normalmente estes sistemas de no-break são projetados para suportar a carga do edifício por poucas horas, apenas nos períodos de falha da rede de distribuição. Alternativamente, muitos edifícios contam com geradores a diesel ou a gás natural para suprirem a carga durante as falhas da rede. Ambos os sistemas, quando conectados a sistemas de geração on-grid, devem ser instalados antes do inversor e do medidor bidirecional de energia, de modo que atuem deforma independente na rede nos momentos de falha.
Autoconsumo local
Unidades consumidoras que possuem seu sistema de geração de energia elétrica no mesmo local do seu consumo. Ou seja, o sistema de geração deste consumidor compartilha do mesmo ponto de conexão de energia da Unidade Consumidora (UC) com a distribuidora. Além disso, nesta modalidade, a única unidade consumidora que receberá os créditos de energia pelo Sistema de Compensação de Energia Elétrica será a unidade no local onde o projeto está instalado, não tendo beneficiárias.
Autoconsumo Remoto
Unidades consumidoras de titularidade de uma mesma pessoa física ou jurídica que possua unidade consumidora com micro e minigeração distribuída em local diferente das unidades consumidoras, nas quais a energia excedente poderá gerar créditos pelo Sistema de Compensação de Energia Elétrica, desde que dentro da mesma área de concessão.
Geração compartilhada
As cooperativas de geração distribuída se caracterizam pela reunião de no mínimo 20 pessoas físicas, com a possível presença de pessoas jurídicas, com o propósito comum de produzir a própria energia, com possível participação no Sistema de Compensação. É recomendável que seus integrantes passem por uma capacitação, a fim de entender a estrutura e funcionamento do cooperativismo, incluindo seus deveres e direitos enquanto parte dessa associação. Caracterizada pela reunião de consumidores sob a forma de consórcios ou cooperativas (“sociedades”), dentro de uma mesma área de concessão. Os consórcios se definem pelo contrato firmado entre empresas, que pode ser fechado ou aberto, ou seja, com admissão de entrada de novas sociedades, desde que sejam atendidos os requisitos contratuais. O contrato firmado entre as sociedades que compõem um consórcio visa o beneficiamento conjunto e pode ter objetivo de reunir recursos para a contratação de terceiros para execução de serviços, obras ou concessões, bem como a própria reunião de meios para se atingir um fim comum, sendo o consórcio, um modelo regulamentado pela Lei nº 6.404/1976. Eles podem aderir ao Sistema de Compensação, desde que tenham sido criados em conformidade com a Lei nº 11.795/2008, conforme regulação da ANEEL. Por não constituírem uma sociedade propriamente dita, ou seja, pela ausência de uma personalidade jurídica referente ao conjunto de empresas, a administradora será a titular da unidade consumidora onde o sistema de geração estiver instalado e cada membro responde individualmente pelas suas responsabilidades contratuais.
As cooperativas de geração distribuída se caracterizam pela reunião de no mínimo 20 pessoas físicas, podendo haver a presença de pessoas jurídicas, com o propósito comum de produzir a própria energia, com possível participação no Sistema de Compensação. É recomendável que seus integrantes passem por uma capacitação, a fim de entender a estrutura e funcionamento do cooperativismo, incluindo seus deveres e direitos enquanto parte dessa associação.
Além disso, de acordo com a nova Lei 14.300/2022, as unidades de minigeração distribuída acima de 500 kW (quinhentos quilowatts) em fonte não despachável, em que um único titular detenha 25% ou mais da participação do excedente de energia elétrica, o faturamento de energia das unidades participantes do SCEE deve considerar, até 2028, a incidência:
a) de 100% das componentes tarifárias relativas à remuneração dos ativos do serviço de distribuição, à quota de reintegração regulatória (depreciação) dos ativos de distribuição e ao custo de operação e manutenção do serviço de distribuição;
b) de 40% das componentes tarifárias relativas ao uso dos sistemas de transmissão da Rede Básica, ao uso dos transformadores de potência da Rede Básica com tensão inferior a 230 kV e das Demais Instalações de Transmissão (DIT) compartilhadas, ao uso dos sistemas de distribuição de outras distribuidoras e à conexão às instalações de transmissão ou de distribuição;
c) de 100% dos encargos Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) e Eficiência Energética (EE) e Taxa de Fiscalização de Serviços de Energia Elétrica (TFSEE).
Empreendimento com múltiplas unidades consumidoras (condomínios)
Geração de energia por meio da instalação de equipamentos em áreas comuns (coberturas de edifícios compartilhados) em condomínios verticais ou horizontais, sejam eles de uso residencial ou comercial. Os consumidores precisam estar em uma área de mesma concessão, e a energia compartilhada, bem como os possíveis créditos gerados pelo Sistema de Compensação de Energia Elétrica, são compartilhados conforme os acordos feitos entre os participantes, a partir, por exemplo, do investimento de cada um. No entanto, a titula ridade das unidades consumidoras participantes da Lista de UCs pode ser de distintos CPFs e/ou CNPJs, participantes do condomínio
Regulamentação geração distribuída
Fonte: SOLARBRAS
(Acesso em 26/06/2018)
Modelo com Recursos Próprios
O investimento em equipamentos e instalação parte dos próprios consumidores e, consequentemente, o retorno de capital se dá pela compensação de gastos energéticos a partir da produção de energia. Os contratos de operação e manutenção também ficam a cargo dos consumidores (administradoras de edifícios de escritório, condôminos em um conjunto residencial etc.).
Modelo com Financiamento Externo
Quando não há disponibilidade de financiamento pelos próprios consumidores, há a possibilidade de busca de capital externo. Uma instituição financeira pode fornecer os recursos para a instalação, e os consumidores são responsáveis pela contratação de serviços, de implementação, além de arcarem com os custos operacionais e de manutenção. Os recursos podem retornar à instituição financeira, após início da operação do sistema.
Modelo com locação
Os consumidores são responsáveis pelo aluguel de equipamentos, e são responsáveis por arcar com a operação, principalmente através do fluxo de capital criado pela geração de energia. Por outro lado, os locadores dos equipamentos são responsáveis pela manutenção e assistência técnica da instalação.
É importante lembrar que contratos de locação não podem ter seus valores atrelados ao valor da energia produzida, como por exemplo, em R$/kWh.
Modelo BOT (Build, Operate and Transfer)
O fornecedor é responsável pela construção, operação e financiamento da instalação prevista pelo contratante (consumidor). O contrato, por sua vez, determina um valor de tarifa a ser cobrado dos consumidores durante um período pré-determinado, de forma a possibilitar a obtenção de lucro e retorno financeiro satisfatório à empresa contratada, a qual, após encerramento deste período, transfere as instalações para os contratantes. Em contrapartida, estes últimos, tem a vantagem de financiar a construção, operação e manutenção do sistema, sob custos mais facilmente negociáveis, assim como podem obter valores tarifários menores do que os praticados pela concessionária.
Modelo PPA (Power Purchase Agreement)
É feito um contrato a longo prazo com um fornecedor responsável pela construção, operação e financiamento da instalação negociada, arcando com os custos de investimentos. Em contrapartida, é feito um acordo com o consumidor, para que este consuma a energia gerada sob um valor pré-determinado, o qual deve ser mais baixo do que a tarifa praticada pela distribuidora de energia elétrica. A empresa que presta o serviço, por outro lado, obtém retorno do capital investido, por meio da cobrança tarifária.
Em um sistema on-grid, a resposta é não. Nesse tipo de sistema, toda a energia gerada passa pelo medidor de consumo de energia da concessionária, que deve ser bidirecional para registrar tanto a energia recebida quanto a energia entregue à rede. A energia é direcionada para o quadro de distribuição geral da edificação. Nesse cenário, não há diferenciação em relação a qual sistema específico será alimentado pela energia gerada, pois ela é distribuída por meio do quadro de distribuição principal da edificação.
br>Por outro lado, em um sistema off-grid, a resposta é sim. Esse tipo de sistema pode ser dimensionado e utilizado para atender a uma necessidade específica, sendo completamente independente da rede de distribuição da concessionária. Um exemplo disso ocorre em algumas rodovias, onde módulos fotovoltaicos estão diretamente conectados à iluminação e aos sistemas de monitoramento, fornecendo energia exclusivamente para essas aplicações específicas.
Poste de iluminação com módulos fotovoltaicos
Cada REC, que é a sigla em inglês para Certificado de Energia Renovável (Renewable Energy Certificate), representa 1 MWh de energia renovável gerada e inserida no sistema elétrico durante um período específico. A aquisição de RECs é uma alternativa para empreendimentos
que não possuem a capacidade técnica para gerar localmente energia elétrica renovável, mas desejam compensar todo o consumo de eletricidade em suas instalações com geração renovável. Isso é especialmente relevante para edifícios de Zero Net Energia, por exemplo.
Além disso, os RECs podem ser adquiridos para cumprir requisitos, como o Guia de Relato de Energia do Escopo 2 do Protocolo GHG, entre outros propósitos. Nesse contexto, os RECs são aceitáveis para relatórios que seguem a abordagem de escolha de compra, desde que sejam acompanhados de autodeclarações que confirmem a conformidade com todos os critérios de qualidade estabelecidos pelo Programa Brasileiro GHG PROTOCOL.
br>Qualquer usina de geração de energia proveniente de fontes renováveis pode ser registrada para emitir RECs, desde que cumpra com as normativas nacionais e internacionais, como a instalação e operação legal, conexão à rede nacional de distribuição de energia elétrica e a produção de energia a partir de fontes renováveis. Para obter informações adicionais, você pode consultar o REC Brazil.
São sistemas caracterizados por não estarem conectados à rede de distribuição de energia elétrica da concessionária local.
Estes sistemas podem ser empregados em diferentes situações:
Nestes sistemas, toda a demanda de energia elétrica será suprida pelo próprio sistema de geração, de forma que é necessário armazenar energia nos períodos em que a geração é superior ao consumo para que suprir os períodos em que o consumo é maior que a geração.
Os componentes dos sistemas de geração off-grid incluem, além do gerador e do inversor, uma bateria e seus sistemas auxiliares, que costumam aumentar de forma significativa o custo do investimento.
Se o empreendimento é off-grid, toda energia elétrica utilizada é produzida por ele mesmo, o que gera boas chances de atingir Zero Net Energia.
Mais informações aqui.
Vários fatores influenciam a viabilidade econômica da geração distribuída. São eles:
Normalmente os fatores mais relevantes são a tarifa de energia e as opções de financiamento disponíveis. Para mais informações sobre financiamento veja Aqui. O tempo comum de payback de um sistema fotovoltaico no Estado de São Paulo, por exemplo, varia de 5 a 7 anos. Deve-se destacar que a porcentagem de energia gerada versus o consumo total do edifício não afeta a sua viabilidade econômica, a não ser empreendimentos que busquem gerar toda energia que consomem, como é o caso de edifícios Zero Net Energia.
br>Mais informações sobre o assunto estão disponíveis no site América do Sol.
Conheça quais são os benefícios, qual o seu papel e informações adicionais de acordo com seu perfil.
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Edifícios Zero Net Energia são aqueles em que o balanço energético anual é zerado através de uma combinação de estratégias de alta eficiência energética e geração local de energia renovável, ou seja, são edifícios que produzem localmente tanta energia renovável quanto consomem ao longo de um ano. Também são muito conhecidos por seu nome em inglês, Net Zero Energy Buildings (NZEB).
Como atingir Zero Energia?
Dois princípios fundamentais devem ser seguidos para que o edifício seja considerado de zero energia:
1
Eficiência energética
Quanto mais eficientes forem os sistemas prediais e as estratégias operacionais, menor poderá ser o sistema de geração de energia, reduzindo assim os custos iniciais, operacionais, e o tempo de retorno do investimento. A operação eficiente é tão importante quanto o projeto integrado, simulação energética e comissionamento de sistemas – as certificações de NZEBs são normalmente concedidas apenas após 1 ano de operação do edifício.
2
Geração de energia renovável
A geração local de energia elétrica permite reduzir drasticamente os custos operacionais ao longo da vida útil do edifício, além de ser um diferencial competitivo e indicativo de sustentabilidade no mais alto nível. Pode também ser considerada a geração de energia renovável em outro terreno, fora da área do empreendimento (geração offsite), ou a compra de créditos de energia renovável.
Existem diferentes critérios utilizados em certificações de Zero Net Energia ao redor do mundo, que discorrem principalmente sobre o nível mínimo de eficiência energética, o percentual máximo de geração offsite e de compra de créditos de energia renovável. Confira os critérios estabelecidos pela certificação Zero Energy do GBC Brasil.
Qual o potencial do meu empreendimento Zero Net Energia?
O número de andares, as cargas de equipamentos, o uso e a localização geográfica são fatores críticos no desenvolvimento de edifícios Zero Net Energia. De maneira geral, no Brasil, quanto maior a área de cobertura em relação ao número de andares (considerando geração fotovoltaica), e quanto menos energia as atividades realizadas consumirem, maior a chance de um edifício ser de zero energia.
Tipologias mais favoráveis
a serem Zero Net Energia
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Para entender o potencial de eficiência energética no uso, operação e manutenção, é fundamental entender os conceitos de potência instalada, demanda, consumo de energia e eficiência energética.
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Para entender o potencial de eficiência energética no uso, operação e manutenção do edifício, é fundamental entender os conceitos de potência instalada, demanda, consumo de energia e eficiência energética.
Sistema hipotético: definições
A potência é a velocidade na qual a energia é produzida ou consumida. É própria dos sistemas, processos ou equipamentos, portanto pode se falar, por exemplo, de uma lâmpada de 15W, um chuveiro de 5kW, uma turbina a gás de 20 MW, um painel fotovoltaico de 250W.
A demanda de energia, é a potência média num intervalo de tempo. Nos contratos de distribuição, por exemplo, podemos definir uma demanda contratada de energia elétrica, de maneira que quem consume e quem gera a energia saibam qual a ordem de grandeza da potência máxima que será demandada da rede. O gráfico a seguir ilustra a demanda de um sistema a cada 15 minutos, a demanda contratada (máxima) e a demanda média.
A energia propriamente dita, é a potência gerada ou consumida num intervalo de tempo e para um fim específico. Fala-se de potência se referindo a todas as formas e transformações, como por exemplo força mecânica, iluminação, transferência de calor, seja para aquecimento ou para resfriamento, entre outros.
Por exemplo, um motor elétrico de 1 kW de potência funcionando durante dez horas consome a mesma energia que um motor de 10 kW durante uma hora: 10 kWh, mas permitem obter efeitos muito diferentes. Podemos entender a energia como a área embaixo de uma curva de potência, isto é, um somatório ou integral.
Por fim, a eficiência energética relaciona a energia útil empregada nas aplicações desejadas e o consumo total para suprir essa demanda. Voltando para a primeira figura, podemos imaginar a eficiência como a relação entre a largura da seta amarela e a seta verde, sendo que se descontam as perdas e desperdícios envolvidos.
Não existem na natureza processos 100% eficientes, porém existem sempre possibilidades de melhorar a eficiência até um patamar prático no âmbito técnico e econômico.
A melhoria de eficiência energética é reconhecida como uma das formas mais baratas de reduzir os custos operativos, as emissões de gases de efeito estufa, a competitividade e com amplas possibilidades em todos os setores, incluído o da construção civil.
Se pararmos para pensar, nos edifícios se consome energia em todo o seu ciclo de vida, isto é, desde a produção das matérias primas, construção, passando pelo uso, operação, manutenção e retrofit, até sua demolição.
Os materiais utilizados na construção civil e na fabricação dos sistemas prediais, passam por um longo ciclo de extração, manufatura e transporte até o local da construção. Ferro, aço, alumínio, cobre, cimento, vidro, cerâmicos, são todos materiais energo-intensivos na sua fabricação. Existem importantes possibilidades de melhoria de eficiência energética nesta fase sendo exploradas pelas indústrias por serem custo-efetivas e contribuir com redução de custos.
Durante a construção, é bem sabido que a otimização da logística de transportes, uso de recursos, energia elétrica e combustíveis tem relação direta com os custos e a pegada de carbono do empreendimento, portanto é recomendável investir tempo e esforços no planejamento.
Uma vez construído o edifício, passa fazer parte da matriz de consumidores de energia e utilidades. No Brasil, os setores residencial, comercial e público (em sua grande maioria edificações), consomem aproximadamente 16% da energia total* do pais, e 51% da eletricidade** (EPE, 2017).
A última fase, talvez a menos considerada, é o fim de uso. Desde o projeto, pode ser seguida uma abordagem que vise a durabilidade, o reaproveitamento de materiais e minimize o impacto da disposição de equipamentos e sistemas no fim da vida útil dos edifícios.
*Energia total em edifícios compreende principalmente: eletricidade, gás natural, lenha e carvão vegetal.
**Eletricidade disponível no Sistema Interconectado Nacional, pelas concessionárias públicas, privadas ou por autoprodutores em geração distribuída.
Alguns estudos que abrangem edifícios residenciais e comerciais em climas frios, tem demonstrado que o custo de energia operacional corresponde a uma faixa entre 80% e 90% do custo de energia do ciclo de vida completo, enquanto os custos de energia embutidos nas fases de construção, manutenção e demolição correspondem aos 10% a 20% restantes (Ramesh, Prakash, & Shukla, 2010).
No entanto, essa distribuição de custos é diversa, principalmente em função da localização, clima, função, tamanho e materiais do edifício.
Uma abordagem útil para estudar e interpretar o impacto de cada fase é a Analise de Ciclo de Vida (Abd Rashid & Yusoff, 2015).
Limites de sistemas/fases utilizados em Análise de Ciclo de Vida: Berço a Túmulo (Cradle to grave).
Concepção,
viabilidade e projeto
Construção e
entrega de obra
Uso, operação e manutenção
Fim de vida
Embora as fases não operacionais contribuam em menor porcentagem com os custos de energia totais, é no projeto e construção que se define e consolida a eficiência energética nominal do edifício, ou seja, as perdas inerentes aos sistemas. Um edifício com sistema de ar condicionado mal dimensionado, por exemplo, irá perder energia durante toda sua operação.
Além das perdas inerentes, no dia-a-dia apresentam-se desperdícios por diferentes causas, dentre as quais uma das mais importantes é a programação da operação dos equipamentos.
Quando falamos de energia operacional, nos referimos à quantidade de energia elétrica, combustíveis ou fontes alternativas consumidos num período, para acionamento de todos os sistemas prediais, necessários para atender as demandas ou necessidades dos edifícios em termos de conforto térmico, lumínico e operações do dia-a-dia.
Em edifícios multi-usuário, a energia operacional de cada usuário corresponde à parcela que ele usa e que neste caso pode ser medida por utilidade, sendo por exemplo, Toneladas de refrigeração que uma central de água gelada entrega para condicionamento de alguns andares, quilowatts-hora de energia elétrica para acionamento de equipamentos, etc.
Entre os sistemas prediais pode-se pensar em refrigeração, ar condicionado, aquecimento de água, iluminação interna e externa, Data-Centers, elevadores, cozinhas e cargas de tomada, principalmente.
Este Guia interativo resume os conceitos e tecnologias disponíveis para otimizar o consumo de energia operacional e, em consequência, os custos associados a ele.
Breakdown do consumo de energia em edificações
Fonte: CBS, com dados da ELETROBRAS (2007)
O consumo de energia operacional em edifícios depende significativamente do nível de conforto desejado, as condições climáticas, a configuração e o uso dos sistemas.
Além disso, devido ao consumo de energia ser uma função direta tanto da potência quanto do tempo, práticas de projeto e de operação são igualmente importantes para reduzir os custos relacionados à compra ou geração de energia.
Parâmetros de desempenho energético
Fonte: Mitsidi
O consumo de energia operacional em edifícios depende significativamente do nível de conforto desejado, as condições climáticas, a configuração e o uso dos sistemas.
Além disso, devido ao consumo de energia ser uma função direta tanto da potência quanto do tempo, práticas de projeto e de operação são igualmente importantes para reduzir os custos relacionados à compra ou geração de energia.
Edifícios eficientes, são aqueles que conseguem atender as demandas dos usuários sob as premissas de projeto, com o mínimo consumo de energia, ou inclusive, integrados a sistemas de geração, oferecendo energia para a rede em momentos específicos da sua operação (Net zero).
Existem múltiplas denominações e certificações relacionadas com edifícios eficientes, sustentáveis, verdes ou net-zero; algumas relacionadas ao projeto e outras à operação.
No entanto, edifícios eficientes só funcionam com uma correta operação dos usuários. Afinal são as pessoas que realmente utilizam os sistemas e equipamentos.
Na prática, existem casos em que edifícios projetados e construídos para reduzir o consumo, inclusive com Certificados de Excelência, apresentam reclamações de desconforto, problemas de operação e manutenção, sistemas com custo elevado e sem comissionamento adequado e o mais grave: menor eficiência energética, com consumo igual ou superior à edifícios não certificados
Este fenômeno é conhecido como Performance GAP e é causado por uma série de fatores, relacionados, em termos gerais no gráfico abaixo:
Precisa-se então de mudanças de comportamento e de paradigmas em todas as fases da vida útil de uma edificação.
Embora seja possível mensurar individualmente o impacto relativo de cada variável no consumo total de energia e seus custos associados, a combinação de todas elas apresenta interdependência e especificidades.
É de grande importância a consciência das oportunidades e os desafios, assim como o aprendizado contínuo e ambicioso de novas alternativas e tecnologias disponíveis para cada tipo de sistema, como é apresentado nesta Guia.
Quando todos os atores (stakeholders) de um empreendimento estão alinhados com objetivos de eficiência energética e construção sustentável, os ganhos são para todos, são proporcionais à atuação de cada um, saindo como grandes beneficiários dois específicos: o bolso e o meio ambiente.
Este Guia contém recomendações de práticas e tecnologias interessantes para melhorar o desempenho energético de edificações. No entanto, a mudança da chave acontece quando são exploradas de maneira integrada as oportunidades presentes no projeto, operação e manutenção destes sistemas.
O infográfico abaixo, apresenta o processo de desenvolvimento de Manuais de Operação e Manutenção. Na tabela seguinte, é apresentado um modelo de estrutura e conteúdo técnico de um Manual de Uso, Operação e Manutenção (a norma ABNT NBR 14037 orienta como elaborar o Manual).
Estrutura e conteúdo de um Manual de Operação
e Manutenção (O&M)
Estrutura
Conteúdo
No caso dos sistemas de climatização, em 2018 foi legislada no Brasil a obrigatoriedade de Planos de Manutenção, Operação e Controle em edifícios.
Há diversos estudos que mostram que edificações certificadas agregam valor para o proprietário, por poder alcançar maior valor de locação, e apresentam menor ocorrência de espaços vagos. Isso tudo é pelo fato que o consumidor tem uma certa confiança que aquele imóvel consumirá menos energia e/ou água, resultando em economias, e um impacto reduzido no meio ambiente.
A validação que o projeto seguiu uma metodologia reconhecida pode ser usada para comparar entre edifícios, e auxiliar o consumidor escolher um imóvel que terá um custo operacional menor, e demais benefícios de sustentabilidade.
A maioria dos programas são direcionados a projetos de novas construções ou reformas significativas. Algumas das certificações incluem uma avaliação de desempenho operacional, e, portanto, podem ser feitas em qualquer momento.
MME/INMETRO
Programa de etiquetagem de edifícios de A a E, focado em eficiência energética. Atualizado para atendimento às Instruções Normativas INI-Ce INI-R, no lugar do RTQ-R eRTQ-C, permitindo também uma maior integração com a ABNTNBR 15.575. Atualmente obrigatória para edifícios federais. O selo Procel é concedido às melhores edificações de Nível A.
Para as unidades habitacionais das edificações residenciais/edificações comerciais:
Para áreas de uso comum das edificações residenciais:
US GBC
Certificação internacional, e é a certificação mais usada no Brasil, e mais estabelecida. Teve um boom entre 2011 e 2014. Geralmente escolhida para escritórios de padrão AAA. A partir da versão LEED v4, há também uma integração com o PBE Edifica.
GBC Brasil
Apenas para Condomínios Residenciais. Desenvolvido frente à falta de certificação LEED para edificações residenciais no Brasil.
GBC Brasil
Para edificações que atingem um balanço de zero consumo de energia ao final do ano, por uma combinação de alta eficiência energética e geração de energia por fontes renováveis.
Precisa-se ter pelo menos 1 ano de operação monitorado de forma continua, e demonstrando que o balanço energético anual foi zerado. Caso não pode se gerar energia localmente, pode se fazer geração off site ou comprar créditos de energia renovável, porém precisa-se demostrar um nível mínimo de eficiência energética.
MME/INMETRO
Programa de etiquetagem de edifícios de A a E, focado em eficiência energética. Atualizado para atendimento às Instruções Normativas INI-Ce INI-R, no lugar do RTQ-R eRTQ-C, permitindo também uma maior integração com a ABNTNBR 15.575. Atualmente obrigatória para edifícios federais. O selo Procel é concedido às melhores edificações de Nível A.
Para as unidades habitacionais das edificações residenciais/edificações comerciais:
Para áreas de uso comum das edificações residenciais:
US GBC
Certificação internacional, e é a certificação mais usada no Brasil, e mais estabelecida. Teve um boom entre 2011 e 2014. Geralmente escolhida para escritórios de padrão AAA. A partir da versão LEED v4, há também uma integração com o PBE Edifica.
GBC Brasil
Apenas para Condomínios Residenciais. Desenvolvido frente à falta de certificação LEED para edificações residenciais no Brasil.
GBC Brasil
Para edificações que atingem um balanço de zero consumo de energia ao final do ano, por uma combinação de alta eficiência energética e geração de energia por fontes renováveis.
Precisa-se ter pelo menos 1 ano de operação monitorado de forma continua, e demonstrando que o balanço energético anual foi zerado. Caso não pode se gerar energia localmente, pode se fazer geração off site ou comprar créditos de energia renovável, porém precisa-se demostrar um nível mínimo de eficiência energética.
IFC (membro do Banco Mundial)
Conta com uma ferramenta fácil, rápida e acessível para avaliar o projeto, e
estima economias de gasto operacional e custo de implementação de medidas de
eficiência.
Démarche-HQE (Haute Qualité Environmentale)
Certificação internacional derivada da certificação francesa HQE, e adaptada ao Brasil. Também é bem estabelecida no
Brasil. Atualizada para ter maior integração com o PBE Edifica
GBC Brasil
Apenas para casas residenciais. Desenvolvido frente à falta de certificação LEED para edificações residenciais no Brasil.
Caixa Econômica Federal
O primeiro método de avaliação considerando índice ambiental, social e governança, desenvolvido para a realidade da construção habitacional brasileira. Possui duas etapas: Projetar (fase de projeto) e Habitar (Após conclusão da obra). O selo possui integração com a ABNT NBR 15.575.
IFC (membro do Banco Mundial)
Conta com uma ferramenta fácil, rápida e acessível para avaliar o projeto, e
estima economias de gasto operacional e custo de implementação de medidas de
eficiência.
Démarche-HQE (Haute Qualité Environmentale)
Certificação internacional derivada da certificação francesa HQE, e adaptada ao Brasil. Também é bem estabelecida no
Brasil. Atualizada para ter maior integração com o PBE Edifica
GBC Brasil
Apenas para casas residenciais. Desenvolvido frente à falta de certificação LEED para edificações residenciais no Brasil.
Caixa Econômica Federal
O primeiro método de avaliação considerando índice ambiental, social e governança, desenvolvido para a realidade da construção habitacional brasileira. Possui duas etapas: Projetar (fase de projeto) e Habitar (Após conclusão da obra). O selo possui integração com a ABNT NBR 15.575.
Além das certificações mencionadas na tabela acima, está sendo desenvolvida a certificação DEO, “Desempenho Energético Operacional”, pelo CBCS (Conselho Brasileiro da Construção Sustentável). A certificação DEO visa a avaliação e publicação do nível de eficiência em operação da
edificação, comparando o consumo real de energia ao consumo típico conforme a tipologia apresentando as classificações: “ineficiente”, “típico” e “eficiente”.
Conforme a nota técnica publicada pela EPE (Empresa de Pesquisa Energética), as principais etapas para a implementação do benchmarking incluem: desenvolver benchmarks nacionais para cada tipologia, elaboração de uma ferramenta unificada, criação de um plano de divulgação e capacitação, regulamentação e desenvolvimento. Ademais, para a implementação da certificação será necessário fortalecer o uso da certificação de maneira voluntária por municípios e empresas privadas e relacioná-las a programas de financiamento como o IPTU Verde, por exemplo. Uma próxima etapa seria implementar de maneira obrigatória para edificações públicas e comerciais de maneira gradativa com metas previstas para certificar de 5% a 10% das edificações das 10 maiores cidades até 2030.
br>A plataforma DEO, ferramenta relacionada a essa certificação, já está disponível através desse link, e para
mais informações acesse aqui.
Os diferentes métodos adotam critérios abrangendo diferentes áreas, dependendo do foco do programa em questão. Por exemplo, pode ser focado em eficiência energética (no caso do PBE Edifica), incluir uso racional da água, ou incluir demais categorias voltadas à sustentabilidade e redução de impacto do projeto no meio ambiente (nos casos do LEED, GBC Brasil Casa, AQUA e Selo Caixa Azul da Caixa).
Geralmente, no caso das certificações com pontuação, dentro de cada área avaliada, o projeto deve atender aos pré-requisitos. Em seguida, coleta-se “pontos”, atendendo a um “cardápio” de medidas. Cada medida vale um certo valor de pontos. Ao final, a soma dos pontos através de todas as áreas será a pontuação final.
A melhor forma de aproveitar das diretrizes de sustentabilidade requeridas pelos sistemas de certificação é a de montar uma estratégia no início do projeto, para poder incorporar os conceitos o mais cedo possível, e orientar todas as disciplinas de projeto relevantes. A avaliação do projeto deve ser feita de forma contínua.
Para programas mais complexos, é comum contratar um consultor especializado para auxiliar a equipe de projeto, porém não é compulsório.
Nesse mesmo contexto, é possível também realizar a capacitação de profissionais da empresa que atuam em projetos permitindo assim o uso do conhecimento especializado durante o desenvolvimento de projetos.
Toda certificação tem pelo menos uma auditoria de um órgão ou pessoa credenciada a fim de obter a certificação.
Na tabela a seguir, as certificadoras possíveis para cada certificação estão listadas. Quando há mais de uma opção, a escolha normalmente se dá considerando dois fatores: valor dos serviços que serão prestados e para quais localidades a certificador a presta seus serviços.
Nível A a E
MME/INMETRO
Asset rating
1 auditoria não presencial
Não há
R$ 11.000 a 22.000 para Edificações Comerciais, públicas ou de serviço, em média.
br>
* Custo acessado em outubro 2023.
** Custos para não-membros. Para membros, pode haver redução de valor
GBCI
Asset rating ou Operational rating (LEED O+M)
1 ou 2 auditorias, não presenciais
LEED Green Associate
LEED Accredited
Professional
LEED Fellow
USD 7.300 para cadastro + taxas por m² (min. de USD$ 3.825) = total: USD$11.125**
br>
* Custo acessado em outubro 2023.
** Custos para não-membros. Para membros, pode haver redução de valor
GBC Brasil
Asset rating
1 ou 2 auditorias, não presenciais
Consultor GBC Casa e Condomínio
À partir de R$166.175, dependendo do número de unidades e da área****
br>
* Custo acessado em outubro 2023.
** Custos para não-membros. Para membros, pode haver redução de valor
Não há níveis
GBC Brasil
Operational rating
1 ou 2 auditorias, não presenciais
Pode haver visita presencial pelo GBC Brasil
Não há
R$ 5.200 (residencial) R$ 11.020 (outras tipologias)**
br>
* Custo acessado em outubro 2023.
** Custos para não-membros. Para membros, pode haver redução de valor
Nível A a E
MME/INMETRO
Asset rating
1 auditoria não presencial
Não há
R$ 11.000 a 22.000 para Edificações Comerciais, públicas ou de serviço, em média.
br>
* Custo acessado em outubro 2023.
** Custos para não-membros. Para membros, pode haver redução de valor
GBCI
Asset rating ou Operational rating (LEED O+M)
1 ou 2 auditorias, não presenciais
LEED Green Associate
LEED Accredited
Professional
LEED Fellow
USD 7.300 para cadastro + taxas por m² (min. de USD$ 3.825) = total: USD$11.125**
br>
* Custo acessado em outubro 2023.
** Custos para não-membros. Para membros, pode haver redução de valor
GBC Brasil
Asset rating
1 ou 2 auditorias, não presenciais
Consultor GBC Casa e Condomínio
À partir de R$166.175, dependendo do número de unidades e da área****
br>
* Custo acessado em outubro 2023.
** Custos para não-membros. Para membros, pode haver redução de valor
Não há níveis
GBC Brasil
Operational rating
1 ou 2 auditorias, não presenciais
Pode haver visita presencial pelo GBC Brasil
Não há
R$ 5.200 (residencial) R$ 11.020 (outras tipologias)**
br>
* Custo acessado em outubro 2023.
** Custos para não-membros. Para membros, pode haver redução de valor
EDGE Certified (mínimo de 20% de economia em energia, água e materiais)
EDGE Advanced (mínimo de 40% de economia em energia e 20% em água e materiais)
Zero Carbon (EDGE Advanced + geração de energia renovável podendo ser on-site/off-site ou compensação de carbono para alcançar carbono zero)
GBCI ou Sintali-SGS
Asset rating + Operation rating
1 auditoria de projeto (não presencial) e 1 auditoria da construção (presencial)
EDGE Expert
SGS-Sintali: USD$3.250 para edificações comerciais e residenciais (até 100 unidades e três tipologias).
Outras tipologias, por cotação − GBCI: À partir de USD$ 3.249, variando conforme área do projeto)
* Custo acessado em outubro 2023.
** Custos para não-membros. Para membros, pode haver redução de valor
Fundação Vanzolini
Asset rating
3 auditorias presenciais ao longo do desenvolvimento do projeto e de 3 a 4 para edificações em operação.
Não há
Por cotação (Fundação Vanzolini)
* Custo acessado em outubro 2023.
** Custos para não-membros. Para membros, pode haver redução de valor
GBC Brasil
Asset rating
1 ou 2 auditorias, não presenciais
Consultor GBC Casa e Condomínio
R$8.080 a R$ 17.890 dependendo da área**
br>
* Custo acessado em outubro 2023.
** Custos para não-membros. Para membros, pode haver redução de valor
Caixa Econômica Federal
Asset rating
Auditoria de projeto (Etapa Projetar) e auditoria de pós-construção (Etapa Habitar). A avaliação ocorre junto das vistorias padrão da CAIXA.
Não há
Sem custo adicional de certificação
br>
* Custo acessado em outubro 2023.
** Custos para não-membros. Para membros, pode haver redução de valor
EDGE Certified (mínimo de 20% de economia em energia, água e materiais)
EDGE Advanced (mínimo de 40% de economia em energia e 20% em água e materiais)
Zero Carbon (EDGE Advanced + geração de energia renovável podendo ser on-site/off-site ou compensação de carbono para alcançar carbono zero)
GBCI ou Sintali-SGS
Asset rating + Operation rating
1 auditoria de projeto (não presencial) e 1 auditoria da construção (presencial)
EDGE Expert
SGS-Sintali: USD$3.250 para edificações comerciais e residenciais (até 100 unidades e três tipologias).
Outras tipologias, por cotação − GBCI: À partir de USD$ 3.249, variando conforme área do projeto)
* Custo acessado em outubro 2023.
** Custos para não-membros. Para membros, pode haver redução de valor
Fundação Vanzolini
Asset rating
3 auditorias presenciais ao longo do desenvolvimento do projeto e de 3 a 4 para edificações em operação.
Não há
Por cotação (Fundação Vanzolini)
* Custo acessado em outubro 2023.
** Custos para não-membros. Para membros, pode haver redução de valor
GBC Brasil
Asset rating
1 ou 2 auditorias, não presenciais
Consultor GBC Casa e Condomínio
R$8.080 a R$ 17.890 dependendo da área**
br>
* Custo acessado em outubro 2023.
** Custos para não-membros. Para membros, pode haver redução de valor
Caixa Econômica Federal
Asset rating
Auditoria de projeto (Etapa Projetar) e auditoria de pós-construção (Etapa Habitar). A avaliação ocorre junto das vistorias padrão da CAIXA.
Não há
Sem custo adicional de certificação
br>
* Custo acessado em outubro 2023.
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Conheça quais são os benefícios, qual o seu papel e informações adicionais de acordo com seu perfil.
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